A história da doação
A primeira transfusão de sangue coletado e armazenada em garrafas de vidro ocorreu durante a guerra civil espanhola em 1939, foi organizada pelo médico da cidade de Toulouse, na França. Com a eclosão da II Guerra Mundial, surgem os primeiros bancos de sangue e a transfusão generaliza-se e torna-se rotina na prática médica, sendo decisiva para salvar a vida de civis e militares feridos. A guerra motivou o desenvolvimento das primeiras campanhas de doação de sangue. Desde os primórdios, o sistema de doação de sangue é mantido pela na doação voluntária e não remunerada, contando com a solidariedade e benevolência dos cidadãos.
Nesse período os sistemas de saúde enfrentam problemas de anticoagulantes que permitissem a estocagem do sangue coletado de doadores condicionava a transfusão a ser feita braço a braço. As pesquisas prosseguiram entre as duas guerras mundiais, foi desenvolvida a solução anticoagulante à base de citrato de sódio. Com isto se deu a possibilidade da existência de bancos de sangue como são conhecidos atualmente.
"No Brasil, os cirurgiões foram os primeiros nesta prática, mas o melhor relato desta época (por volta de 1910) é de um professor de Clínica Médica de Salvador, Garcez Fróes, que através de um Aparelho de Agote, improvisado por ele, realiza uma transfusão de 129 ml de sangue de um servente do hospital para uma paciente com metrorragia importante por pólipo uterino. Na década de 40, a hemoterapia começa a ser vista como especialidade médica e vários "bancos de sangue" foram inaugurados em diversas capitais brasileiras. O primeiro "banco de sangue" público foi criado na cidade de Porto Alegre, em 1941; em seguida, foi o do Rio de Janeiro, sendo o terceiro inaugurado em 1942, em Recife". (Cláudia M.F.Ribeiro - A hemoterapia no Brasil até 1980 e a criação dos hemocentros públicos nacionais).
Em cada doação, uma pessoa doa no máximo 450 ml de sangue, sendo um ato voluntário que pode ajudar a salvar até quatro vidas. Vale destacar que o organismo repõe a quantidade de sangue que foi retirada na doação em apenas um dia após a coleta. Em algumas situações a transfusão é inevitável como: cirurgias de grande porte, pacientes com doenças crônicas, e após acidentes graves, portanto é essencial que haja sangue em estoque, o qual é obtido exclusivamente por doações.